PORTFÓLIO DE APRENDIZAGEM 2008/1

A apresentação final do Portfólio de Aprendizágens, me proporcionou uma nova visão em relação a minha postura como aluna universitária. Me deparei com a dificuldade em me expressar e de não me desviar do discurso planejado. Tenho em mente que é preciso focar mais para não sair do objetivo da apresentção. Vi claramente as minhas falhas e acho que é preciso me dedicar mais, para que minha prática pedagógica não se torne vaga e sem evidência. Sei da capacidade que tenho e vou buscar aprimorá-la para poder me fazer entender.
Ao ver a apresentação das minhas colegas de banca, observei que muitas não tem uma turma fixa para trabalhar. Isso proporcionou nelas o desejo de estar em uma sala de aula, para poder viver essa realidade, que é um aprendizado a cada dia. Mas mesmo assim tiveram um grande empenho e mostraram que, cada uma delas tem uma semente a ser regada. E que quando se depararem diante de uma turma vão se apaixonar.
Falando e apaixonada!!! Esse sentimento é o mais adequado para relatar o que senti diante da colega que trabalha com crianças na APAE de Três Cachoeiras. O que ela criou com esses alunos, é de tirar o fôlego. Me emocionei muito e percebi o quanto uma criança, apesar de suas dificuldades pode se desenvolver através de um trabalho voltado para a valorização dos saberes natos dela mesma, deixando-a criar e desenvolver a sua curosidade, esperimentanto muitos sabores, que com certeza são proporcionados pela maravilhosa professora que eles tem.
Ali naquele momento foi possível vivenciar a prática pedagógica de todas as minhas colegas e perceber que a arte de ensinar é uma tarefa difícil demais, mesmo para quem já tem uma visão da nova postura de mediador que devemos ter. Imaginem para que alguém se envolva nela por comodismo, falta de coisa melhor, ou porque é preciso ter um emprego!!! Por esse motivo valorizo todas as minhas colegas que apresentaram nessa banca e quero parabenizá-las pela conciência que adquiriram no decorrer desse semestre de acreditarem na transformação.

SEMINÁRIO INTEGRADOR


Muitas descobertas
Ao ler o fórum do grupo do grupo VII, percebi o quanto o entrosamento foi grande. Sempre admirei as colegas Mara, Stela e Mª do Carmo pelos seu trabalhos e postura em sala de aula. Assim como a Stela adorei o filme "O saber e o Sabor" e a sua afirmação onde ela escreve que devemos "aguçar curiosidades, possibilitar desejos, apostar na vida e acreditar no ser humano". Cada ano é um ano e cada aluno é diferente do outro, todos tem suas curiosidades. Pois nesse ano minha turma tem uma característica muito semelhante da proposta deste seminário "Fazer perguntas", a curiosidade corre pelas veias. E a partir do pensamento da colega procuro possibilitar a aguçar seus desejos e curiosidades sempre acreditando na capacidade deles. Eles tem uma facilidade para viajar no tempo através do pensamento, que como a Stela diz chegam até ser chatos de tanta pergunta da pergunta". Quando é trazido para a sala de aula mapas, globos e vídeos sobre a Terra e o sistema solar eles ficam transformado. Um dia estava explicando um conteúdo de história e eles queriam fazer perguntas, vi que não iria dar conta então sugeri que enquanto eu explicasse eles fossem escrevendo suas dúvidas e curiosidades. Resultado? Eu ainda não consegui ler todas. Agora aproveito todas as propostas deles para incentivar a busca pelas suas respostas, pois como a autora do texto "Qual é a questão?" , onde eu concordo quando ela escreve que "só buscamos respostas quando temos perguntas, só buscamos alguma coisa quando sentimos necessidades e temos uma idéia acerca do que queremos encontrar." e ela ainda afirma que devemos buscar e investigar, pois só assim possibilitaremos aos nossos alunos o poder da argumentação.
Desafiar, acender a fogueira do desejo de descobrir. Juntar-se ao aluno para descobrir o novo. Essas frases da colega Mª do Carmo mostra claramete a postura que devemos ter diante de nossos alunos. Mas ao mesmo tempo, ao ler o relato de todas percebi a frustração com relação a professores desanimados, sem preocupação com o desenvolvimento do aluno, professores "sem gosto e sem sabor". Quando esses "colegas" se deparam com professores como a Stela, Mara Mª do Carmo, que já sabem que as práticas pedagógicas de hoje nos permitem muitas mudanças, ficam indiferentes. Pois estão presos em seus planos de aula nada flexíveis ou somente seguindo os livros didáticos. Muitos sabem que a coisa não vai nada bem. Mas como comenta o professor Antônio "...se quase todos sabemos disso, por que o ensino não muda? Por que ainda esbarramos em livros didáticos determinando o roteiro de estudo e professores pouco ou nada desejosos de sequer planejar suas aulas? ..." . Aí pode-se perceber o quanto vai demorar para que "todos" os professores se acordem. E passem a perceber e acreditar em trabalhos de colegas que já mostram essa educação transformadora, podendo construir " A escola prazerosa". Sendo que esta "... é um passo para o desenvolvimento de noções, conceitos e práticas significativas", diz o professor Antônio e eu tenho prá mim que esse é o objetivo pelo qual devemos lutar.
Na medida em que vou lendo o comentário da minhas amigas, vejo que a minha realidade não é diferente na escola em que trabalho. Muitas vezes também sou criticada quanto a minha postura em sala de aula, a qual acredito que seja o caminho. Pois não é somente repassar conceitos prontos sem levar em conta o que o aluno trás para a sala de aula, sua vivência e desejos, temos que procurar criar um ambiente aberto a exploração e interação, alimentendo os interesses e curiosidade dos alunos, onde eles se sintam livres para reinventar, desafiar, com o sentido de provocar a aprendizagem.

Assim como a professora Nádie, adorei a postagem da Stela sobre os degustadores de livros. Como a colega estou tendo a oportinidade de despertar em meus alunos a "degustação da leitura". Quem já leu a "Fada que tinha idéias" de Fernada Lopes de Almeida? Eu lí quando tinha 10 anos, pois minha mãe me deu este livro, em uma fase em que eu não gostava de ler... Esse livro é maravilhoso e resolvi ler para meus alunos. Eles ficam maravilhados a cada capítulo, pois para despertar a "gula" provoco-os contando apenas um capítulo por semana.

A história da fadinha Clara Luz é contagiante, relata a vida de uma criança que quetiona tudo. Ela diz: "por que aprender a lição I, que é criar tapetes voadores se podemos inventar outras mágicas..." Tudo que é roineiro, para ela é chato. A sua mãe se põe aos nervos por ver que a filha não passa da primeira lição e ainda desafia a Fada Raínha. E ela questiona... " se a lição I já é chata a II tem que ser muito mais chata..." . A personagem deixari qualquer professor maluco, pois as idéias são tantas!!!

Imaginem se todos os alunos tivessem a coragem da personagem Clara Luz de nos enfrentar e exigir mais ou além do que a grade de conteúdos que muitos profesores seguem à risca, sem deixar aflorar o gosto pelo novo, pela descoberta?


Se deparar com uma escola que tem professores que encontram diariamente alunos desmotivados, sem vontade de estudar, de aprender, não é só a realidade da colega Tamires. Acredito que toda nós vivenciamos essa realidade. Mas ao contrário da opinião dela quanto a existência de crianças incapazes de questionar, de criticar, de ousar, de sonhar, que repassaram por pofessores nada libertadores, não pode ser vista dessa forma. Na minha opinião, criança é uma caixinha de surpresas... "basta abrí-la", a mágica acontece. É nisso que acredito, que podemos promover uma mudança através da prática pedagógica. Reconheço que não é tão fácil, nem tão rápida, mas é fruto de um processo de trabalho prazeroso, cheio de "sabores" e "saberes".

TETRO E EDUCAÇÃO


RELATO DA ATIVIDADE
APLICADA

Levei meus alunos para o ginásio de esportes da escola, e expliquei a atividade que iríamos executar. Como são muito barulhentos custei manter a ordem, mas com a vontade de brincar eles acabaram se concentrando.
Como sempre no início eles custaram para alcançar o objetivo do jogo que era ficar estático na posição em que se encontra na hora que o colega diz "meia meia lua 1 2 3 " e vira. Alguns ficavam irritados por ainda não estar dominando a regra do jogo. Para a criança não é fácil ter que voltar para o ponto de partida. Uma situação engraçada que ocorreu foi no momento em que tinham que ficar imóveis, e alguns alunos saíam da sua posição para dizer que o colega tinha se mexido. Aí eles também tinha que voltar para o ponto de partido.
Depois de repetir várias vezes é que eles assimilaram as regras do jogo. A partir desse momento os alunos passaram a perceber que poderiam ficar em determinadas posições que os privilegiariam. Outros inventavam poses diferentes e alguns se jogavam no chão, foi muito divertido. Eles tem dificuldade de ficar parados, sem rir. Daí o objetivo do jogo a concentração e a percepção do próprio corpo, avaliando seus limite. Também há a questão das regra que devem ser respeitadas.
Também observei na atividade o conceito de "foco", o ponto de concentração da criança, onde ela tem que perceber a delimitação do campo de jogo para chegar a esse nível, que garante o envolvimento do aluno. Ficou claro que mesmo dentro das regras estabelecida pelo jogo é possível desenvolver a liberdade pessoal, permitindo a espontaneidade através da expressão do corpo e rosto e a criatividade. Com o decorrer da aula os alunos foram se introsando e vivendo o jogo, e com isso, acredito que meus alunos conseguiram se transformar em jogadores criativos através da liberdade de movimento corporal e puderam enfrentar suas dificuldades sendo eles mesmos.
Os elementos dessa atividade, assim como as regras, a competição, o tempo e o espaço em que ela ocorreu, fez com que os alunos se adaptassem, provocando diversas atitudes de comportamento e consequentemente, exigiu que eles estivessem constantemente desempenhando o seu papel como jogadores, que estimulou o convívio social de forma dinâmica e criativa.

NA SALA DE AULA ...

JOGO DAS OPERAÇÕES

ATIVIDADE 2 - NÚMEROS E OPERAÇÕES


Jogo das Operações
MATERIAL
- 50 cartões numerados de 1 a 50
- 49 minicartões
números 1, 7 e 8 cinco de cada
números 2, 3, 4 e 5 seis de cada
número 6, dez unidades (pode ser usado como 9)
NÚMEROS DE JOGADORES
De 2 a 4 alunos.
OBJETIVO
Combinar rapidamente as operações de multiplicação, adição e subtração ( por meio de cálculo mental) para encontrar os números dos cartões sorteados.
COMO JOGAR
Primeiro é preciso organizar sobre a mesa os 49 minicartões, aranjados em um quadro de 7 por 7. Os números devem estar todos misturados com as faces para cima.
Os 50 cartões (misturados) estarão compondo um monte com os números virados para baixo.
O primeiro jogador tira um cartão, anuncia o número e coloca sobre a mesa, onde todos possam ver o número.
Todos os jogadores tentam silenciosamente encontrar três minicartões alinhados (na horizontal, na vertical ou na diagonal) com os quais montarão uma operação para chegar ao número do cartão sorteado. Para isso os dois primeiros núnmeros dos minicartões devem ser multiplicado e o terceiro número pode ser adcionado ou subtraído.
O primeiro jogador que matar a charada leva o cartão para si, depois de apresentar seus cálculos, provando a resposta correta.
Um novo cartão é virado e o jogo continua até acabarem os 50 cartões do monte.
Vence aquele que conseguir juntar mais cartões.
OBS: se os alunos necessitarem podem usar papel e lápis.


Veja o Blog da turma 41
Olha o que a gente aprontou...

http://professoramicheline.blogspot.com/2008/07/olha-o-jogo-das-operaes.html

NÚMEROS EM NOSSA VIDA

ATIVIDADE 1 - NÚMEROS E OPERAÇÕES


No dia-a-dia de um cidadão os números tem uma grande importancia, vemos que tudo se relaciona em números como por exemplo: CPF,RG, TITULO DE ELEITOR, CONTA CORRENTE, CARTEIRA DE TRABALHO,PASSAPORT,RECIBOS NÚMERICOS DA RECEITA FEDERAL,CNPJ, INSCRIÇÃO ESTADUAL e tantas mais, que sem os números em nossas vidas seria muito dificil encontrar uma pessoa por haver muitas pessoas como o mesmo nome e sobrenome. Os números tornaram-se tão comuns que nem pensamos mais sobre eles, mas representam muito mais do que uma forma de se medir ou quantificar o que existe ao nosso redor. Todos esses exemplos ilustram situações nas quais precisamos recorrer a um número, um indicador, um dado, um registro para obter ou recuperar uma informação e, principalmente, para tomar uma ação. Reside aí a importância dos números, além de contarem uma história, a nossa história. Realçando ainda mais a importância dos números em nossas vidas, a descoberta dos mesmos dá ainda resposta a várias perguntas: Porque é que se deve aprender a contar? Porque é que usamos algarismos árabes?



Jogos Teatrais


A atividade de modelagem foi um sucesso! No início muitos modelaram policiais e lutadores. Chamei todos para perto de mim e conversamos sobre esta atividade. Fiz com que eles pensassem em outras possibilidades. As idéias foram surgindo e realizamos novamente atividade (procurei não me envolver, mas lembrei-os que alguns sentimentos poder ser modelados). Gostei do resultado, pois surgiram muitas esculturas criativas. Os artistas escolhiam as melhores e observavam expressões e detalhes. Os alunos passaram a ser mais críticos e observavam se a obra estava condizente com o objetivo do escultor, se ele conseguiu se fazer entender. Foi assim que meus alunos criaram uma nova brincadeira. Cada um queria fazer uma cena ou pose e os demais colegas observavam. Como só eu sabia da idéia do aluno, deixava com que todos observassem e depois eu explicava o que o colega tentou mostrar. Após todos davam opiniões e indicavam no que poderia melhorar.