Piaget na sala de aula


O objetivo das pesquisas de Piaget era responder o questionamento de como uma pessoa passava de um estado de conhecimento para um conhecimento maior. Esse estudo é denominado epistemologia genética, onde Piaget pesquisou a origem do conhecimento científico no homem.
Lendo os textos sugeridos não deveríamos esquecer de considerar que cada criança deve ser vista como indivíduo único, que trás consigo sua realidade, suas experiências e sua visão de mundo, muitas vezes recusadas e não valorizadas em sala de aula. Muitas crianças acabam dentro de escolas tendo que se adaptar a um currículo rígido que não atende as suas expectativas. De acordo com os estudos de Piaget, essa questão vai contra suas idéias, pois suas teorias mostram que experiência é a fonte da inteligência. Através da Epstemologia Genéitica, compreendi que a aprendizagem é um meio de alcançar um determinado conhecimento, é um processo de mudança e que nem sempre tem a mesma forma e está inacabado. O professor não é mais o objeto principal na aprendizagem dos alunos (pedagogia tradicional) assim como nos mostra Becker. Hoje é possível compreender que nossos alunos possuem várias formas de aprendizagem e que todos tem a possibilidade de aprender, valorizando suas experiências. Assim, precisamos aprender com as crianças e compreender como se dá esse processo, não esquecendo da interação entre os fatores internos e externos. Pois a criança tem relação ativa com o meio e os objetos que a cerca, a escola é o lugar onde o pensamento e a aprendizagem acontecem com a intervenção entre os alunos e deles com os adultos.

Quetões Étnico-Raciais na sala de aula

Na perspectivas de visar a descontrução dos preconceitos e discriminações raciais na educação, e na sociedade brasileira temos a Lei Nº. 10.639/03 regulamentada por meio das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana que certamente podem subsidiar as ações pedagógicas no sentido de nos libertarmos dos paradigmas de silenciamento diante das posturas, atitudes e concepções preconceituosas e racistas. As questões étnicos-raciais devem ser trabalhadas em sala de aula de forma que oportunize aos educandos o conhecimento das diversas culturas existentes em nosso país. Esse trabalho deve ser feito de forma consciente e com muita seriedade. Uma das questões pela qual acredito ser importante a inclusão das questôes étnico-racial é a falta de conhecimento dos alunos e os conceitos pejorativos as diversas etnias. O racismo é um modo de pensar de pessoas que acreditam existir diferentes raças e que algumas são superiores a outras. A implementação da disciplina Relações Étnico-raciais em sala de aula torna-se uma ferramenta eficaz na valorização das diversas etnias reforçando a identidade de cada aluno o que evidencia o seu caráter inclusivo e valorização das diferenças através do conhecimento da sua linhagem histórica e ancestralidade. Segundo Teodoro (1987), na construção da identidade é necessária a preservação da memória coletiva dos vários grupos. A memória coletiva daqueles cuja cultura não é dominante, será o agente catalisador da afirmação da identidade étnica. A busca desta identidade implica o cultivo das tradições culturais do grupo dominado e a releitura de sua História. A religião, os mitos, as lendas, a ideologia serão necessários a este processo de identificação cultural. Em sociedades multirraciais, o impedimento destas manifestações inferioriza o grupo dominado criando-lhe um distúrbio de identidade.

CIVILIZAÇÃO


“O homem não pode se tornar um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação dele faz. Note-se que ele só pode receber tal educação de outros homens, os quais a receberam igualmente de outros. Portanto, a falta de disciplina e de instrução em certos homens os torna mestres muito ruins de seus educandos.” Através dessa citação de Kant quero observar que o filósofo se refere à educação, disciplina, liberdade e civilidade de forma a valorização da moralidade, do respeito, da autonomia e do desenvolvimento sociocultural do ser humano. Uma visão distorcida de educação, de disciplina, de liberdade e do que é civilização, fez com que ocorresse tamanha monstruosidade em Auschwitz, onde se perdeu o verdadeiro sentido da humanização, pois fez com que um grupo mobilizasse essa barbárie. Para Adorno a educação tradicional não prevê a reflexão do ocorrido, fazendo-nos repensar a educação. Ele critica essa educação que objetiva a docilização e a disciplina, como responsável pela repressão que torna o sujeito num ser agressivo e encorajado a cometer qualquer atrocidade por estar submetido a um ambiente severo que o faz acreditar estar agindo corretamente.

A diferença entre o pensamento dos filósofos é que para Kant a disciplina na educação que é a parte negativa necessária que objetiva o conhecimento das leis para que respeite e seja respeitado, não é uma disciplina repressora e às cegas como citada por Adorno. Ele critica a disciplina autoritária da escola tradicional que proporciona a manipulação de pessoas reprimidas, fazendo com que elas façam coisas sem pensar no coletivo. Mas em contrapartida, com relação à educação e civilização os filósofos se assemelham em seus pensamentos, sendo que para Adorno “a educação deveria propiciar condições culturais para suprir as carências e formar os cidadãos, bem como recuperar a defasagem cultural e formativa. Ela deve essencialmente se preocupar com o entendimento e com a constituição psíquica do sujeito para criar condições educacionais que defendam o sujeito dos mecanismos de repressão psíquica e da coisificação. A educação deve possibilitar a autonomia reflexiva do sujeito para que não se caia no risco de uma frieza social egoísta, enfim, deve propiciar aos outros e a si mesma condições de exercer a crítica para que esta se produza de modo esclarecedor e emancipador. Tudo isso para possibilitar ao sujeito condições de problematizar e se produzir na contingência de seu presente.”.


PROJETO: SOMOS TODOS IGUAIS MAS DIFERENTES

Nesse projeto senti a necessidade de se trabalhar esse tema com maior profundidade, pois muitas crianças não se identificam com suas origens e desestruturar os vários tipos de preconceitos diagnosticado nessa escola, como por exemplo: a questão social.














Os professores precisam estar mais informados, através de materiais de boa qualidade e oportunidade de discutir o tema com os colegas. O trabalho isolado de um único professor em uma sala de aula é importante, mas não é suficiente para dar conta de tantas injustiças a que a população negra vem sendo submetida em nossas comunidades e no Brasil.



INCLUIR É CONVIVER !!!


Na realidade, cada caso é um caso.
Na Escola Municipal Profº Laertsan, temos uma menina com necessidades especiais. Ela frequenta o 2º ano do ensino fundamental de 9 anos. Uma vez por semana ela frequenta a AACD em Porto Alegre.
A menina está bem integrada no grupo escolar e participa de todas as festividades da escola.




MINHAS ORIGENS